O QUE EU FAÇO? MEU FILHO ESTÁ MORDENDO
Isabel Cristina Hierro Parolin
em 25. mai, 2009 por Equipe ECA em Artigos
Essa pergunta
normalmente é feita por pais que têm um filho que morde e pela
professora que deve administrar essa situação em sala de aula, sem falar
na reação dos pais que têm o filho mordido, os quais também não sabem
como agir.
Morder faz parte do desenvolvimento de
uma criança e é aceitável entre 1 a 3 anos e meio. No entanto, essa
manifestação causa transtornos enormes tanto para as famílias da criança
que está mordendo quanto para o contexto social em que a criança está
inserida, quer seja na escola, na casa dos avós, um parque, etc.
Geralmente os pais se sentem impotentes
diante das mordidas e a tendência é proteger a criança não a expondo em
situações de convívio, o que pode vir a tardar a aprendizagem de não
morder o outro. Não podemos esquecer que nessa idade a criança está
aprendendo a conviver e está conhecendo o mundo e seu funcionamento.
A criança morde por vários motivos: para
experimentar simplesmente, para explorar e descobrir coisas, para se
diferenciar, para lidar com a sua frustração, por estar com fome, com
sono, por estar cansada, para chamar a atenção. Não é raro também a
criança morder para ver a reação das pessoas, e isso, ao mesmo tempo que
a maravilha, igualmente a assusta.
É preciso perceber se a criança morde
por impulso, para reagir a algo, ou se ela morde para se comunicar. De
qualquer forma é preciso educar a criança que morde a buscar um
comportamento social mais adequado. Os pais darem limites a criança é
bom. Demonstrar que o que ela fez doeu e que vocês não gostaram. Afirmar
que vocês não deixarão que aconteça novamente transmite segurança e
ajuda muito. ” Eu sei que você está cansado, mas fale pra mim ao invés
de morder…” ” Não será desta forma que seu coleguinha vai brincar com
você…” ” Você não pode morder as pessoas quando quer algo, é preciso
dizer o que quer…” . Importante é que os pais ou professores demonstrem
segurança para a criança e que eles estão ao lado dela para ajudá-la a
controlar e adequar esse comportamento.
É inútil e inadequado morder a criança para ela perceber como é ruim. Isso assusta e não educa. Também não é adequado pedir que ela se coloque no lugar da criança que foi mordida. A criança nessa faixa etária não consegue se colocar no lugar do outro e avaliar a situação sob outra ótica. Pior ainda quando os pais pedem para a criança colocar-se no lugar deles. ” O que você faria se seu filho fizesse isso?” Esse tipo de orientação só deixa a criança confusa, e muitas vezes aumenta ainda mais a sensação de incompreensão do que está ocorrendo. A criança também se assusta ao morder e perceber a reação do outro. Melhor é dar outras saídas. “Meu filho, isso dói! Morda esse brinquedo”, ou então, sugira para ele morder bem forte a bolacha, mas não morder as pessoas!
É inútil e inadequado morder a criança para ela perceber como é ruim. Isso assusta e não educa. Também não é adequado pedir que ela se coloque no lugar da criança que foi mordida. A criança nessa faixa etária não consegue se colocar no lugar do outro e avaliar a situação sob outra ótica. Pior ainda quando os pais pedem para a criança colocar-se no lugar deles. ” O que você faria se seu filho fizesse isso?” Esse tipo de orientação só deixa a criança confusa, e muitas vezes aumenta ainda mais a sensação de incompreensão do que está ocorrendo. A criança também se assusta ao morder e perceber a reação do outro. Melhor é dar outras saídas. “Meu filho, isso dói! Morda esse brinquedo”, ou então, sugira para ele morder bem forte a bolacha, mas não morder as pessoas!
É importantíssimo que a criança não se
sinta culpada pelo que está acontecendo. Se os pais se desestabilizarem,
acabarão gerando insegurança na criança e possivelmente ela morda ainda
mais.
Em sala de aula a conduta da professora deve ser semelhante aos dos pais. À criança que morde deve demonstrar que ela pode se manifestar de forma diferente e à criança mordida explicar que o coleguinha não queria machucar, sem deixar de dar a devida importância e atender ao susto e dor da mordida.
Os educadores concordam que uma criança se desenvolve através de brincadeiras e jogos que estão relacionados, encaminhando-se de estágios mais primitivos para outros mais elaborados. Se o adultos que cercam uma criança a impediram de vivenciar,compreender e dominar cada etapa do seu desenvolvimento, ao invés de ajudarem, correm o risco de tardar a conquista da maturidade e da compreensão do mundo de seu filho.
Em sala de aula a conduta da professora deve ser semelhante aos dos pais. À criança que morde deve demonstrar que ela pode se manifestar de forma diferente e à criança mordida explicar que o coleguinha não queria machucar, sem deixar de dar a devida importância e atender ao susto e dor da mordida.
Os educadores concordam que uma criança se desenvolve através de brincadeiras e jogos que estão relacionados, encaminhando-se de estágios mais primitivos para outros mais elaborados. Se o adultos que cercam uma criança a impediram de vivenciar,compreender e dominar cada etapa do seu desenvolvimento, ao invés de ajudarem, correm o risco de tardar a conquista da maturidade e da compreensão do mundo de seu filho.
Morder faz parte de uma das etapas do
desenvolvimento e deve ser tratada dessa forma. A criança não é uma
mordedora. Com calma e bom senso estamos preparando os nossos filhos
para as vicissitudes da vida, que sabemos, não são poucas.
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