terça-feira, 31 de agosto de 2010

Na creche, o que fazer na hora do choro?

Adaptar-se ao ambiente e à equipe da creche, despedir-se da família, avisar que a fralda está suja ou que a barriga dói, perder um brinquedo para um colega... Pode não parecer, mas a vida de uma criança até 3 anos tem uma porção de desafios e uma boa dose de estresse! Sem contar com a fala bem desenvolvida, os pequenos não têm muitas opções além das lágrimas, que podem acompanhar chorinhos sofridos ou mesmo choradeiras de assustar a vizinhança. Para o educador, enfrentar momentos como esses está longe de ser fácil. É natural que surjam sinais de frustração, irritação e, principalmente, falta de paciência. Mas tudo fica mais simples quando se conhece o desenvolvimento infantil e há acolhimento e uma permanente construção de vínculos afetivos com os bebês e as crianças - um trabalho fundamental, que começa ao iniciarem a adaptação e segue ao longo do ano. Nos primeiros dias da criança na creche, a equipe ainda não distingue os tipos de choro dela. "Há o que expressa dor, o de ‘acordei, vem me buscar’ e o de saudade, entre tantos outros. Quem investe em um cuidado atento passa a identificar essas diferenças e, assim, descobre qual é a melhor atitude a tomar", diz Edimara de Lima, psicopedagoga da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Para decifrar as lágrimas, é preciso ter em mente que o objetivo dos bebês é comunicar que algo vai mal. "Eles relacionam o choro a uma reação boa. Afinal, alguém vem atendê-los. Esse é o jeito que eles têm de dizer ‘estou tentando lidar com um problema, mas não está fácil’. Por isso, deve-se evitar ideias preconcebidas e tentar entender o que o choro expressa", orienta Beatriz Ferraz, coordenadora do Núcleo de Educação Infantil do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).
Essa pesquisa parte de tentativas e erros e, com o tempo, chega a várias respostas. Quando há dor física, deve-se agir no ato e buscar as devidas orientações médicas. A dor emocional também merece ação rápida e aconchego. "Costumam dizer que, se pegar no colo, a criança fica manhosa. Mas colo e carinho não estragam ninguém e são sempre bem-vindos", garante Regina Célia Marques Teles, diretora da Creche Carochinha, em Ribeirão Preto, a 319 quilômetros de São Paulo. Partindo dessa premissa, Vera Cristina Figueiredo, coordenadora de projetos da associação Grão da Vida, em São Paulo, desenvolveu com sua equipe uma proposta preventiva baseada no acolhimento constante. "Logo notamos a importância do brincar junto e do estar próximo, atento às realizações e descobertas dos pequenos. Dar atenção nesses momentos, e não apenas na hora de impor limites, gera tranquilidade e faz o pranto diminuir", conta. Essa experiência jogou por terra a teoria de que acolher deixa os pequenos grudentos e dependentes. "O carinho gera ganhos consideráveis em termos de autonomia", garante Vera. Não é raro que um simples conflito tome proporções de catástrofe mundial, com direito a gritos, sacudidas pelo chão e soluços sem fim. "Às vezes, a criança perde o controle e não consegue voltar ao normal sozinha. Não dá para cruzar os braços e esperar isso passar nem tentar resolver na conversa", relata Regina Célia. 
Também não vale cair na armadilha de fazer chantagens para o choro cessar. O melhor é mostrar que entende o problema e pedir que ela respire fundo, lave o rosto e sente no seu colo, passando a mensagem de que você confia que ela vai se acalmar. Não perca a chance: respire fundo e tome fôlego também.

Veja mais em: REVISTA NOVA ESCOLA

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

COMPREENDENDO AS NECESSIDADES ESPECIAIS INFANTIS

Você pode ter percebido que o seu filho não rolou na cama, fez sons ou sorriu na mesma época em que todas as outras crianças já faziam isso e acabou se perguntando se ele tem algum problema de desenvolvimento. Este artigo vai esclarecer essas dúvidas e dar orientações para educar crianças que possuem alguma das seguintes necessidades especiais.
Pensar que pode haver algo de errado com o seu filho é assustador, mas deixe o médico determinar isso antes de chegar a conclusões precipitadas. Nesta seção, você vai ler sobre as causas comuns dos atrasos no desenvolvimento de crianças, que podem ser hereditárias, congênitas ou causadas por circunstâncias ambientais. Embora problemas comportamentais não apareçam até que a criança esteja mais velha, dá para perceber se sua criança está se desenvolvendo mais devagar do que o esperado. Esta página fala sobre quais sinais procurar e o que fazer depois disso, como procurar um pediatra e, possivelmente, um especialista em desenvolvimento infantil. Você vai ler sobre o que pode esperar de uma avaliação, além de conselhos sobre como agir de acordo com os possíveis resultados dessa avaliação.
O desenvolvimento da comunicação verbal é um marco no processo de crescimento de uma criança. Nesta página, vamos discutir os problemas que podem atrasar a fala, incluindo o ambiente, audição, inteligência, controle muscular, deformações físicas e funcionamento incorreto do centro da fala existente no cérebro. Vamos mostrar orientações sobre como lidar com a gagueira, como detectar problemas e quando ir a um médico. Além disso, também há informações sobre problemas de audição: causas comuns para perda de audição e comportamentos que podem indicar a existência de um problema. E vamos dar algumas dicas úteis sobre como prevenir problemas de audição no seu filho.
Crianças com necessidades especiais também são capazes de aprender e desenvolver novas habilidades da mesma maneira que qualquer outra. Esta seção fala sobre como estimular os sentidos de uma criança para promover o seu amadurecimento. O papel dos pais no desenvolvimento é crucial e você vai encontrar sugestões sobre como criar um ambiente que promova o crescimento, estimule a independência e lide com empecilhos ou progresso lento. Nesta página, também há sugestões específicas para estimular as crianças com necessidades especiais variadas. Também fizemos uma lista de alguns recursos valiosos disponíveis para a criança e seus pais.
Há muitas opções disponíveis tanto para a recreação como para os cuidados diários com crianças com necessidades especiais. Escolher um programa para sua criança pode ser desgastante, então criamos uma lista de critérios para ajudá-lo a escolher o programa certo. Há uma ênfase toda especial no seu relacionamento com os profissionais que monitoram e implantam os programas especiais, assim você pode se sentir mais confortável e no controle dos cuidados dela.
Há muitos métodos diferentes para educar uma criança com necessidades especiais. Alguns especialistas acreditam que essas crianças aprendem mais quando estão em salas de aula com crianças do mesmo nível. Outros educadores acham que uma criança com necessidades especiais deve ser integrada a uma sala de aula comum. Aqui, vamos examinar as duas idéias. E nesta seção há ainda uma discussão sobre os direitos de educação do seu filho e sobre os riscos e benefícios possíveis ao colocar seu filho em uma escola comum.
 
Por Michael Meyerhoff, Ed.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil
 
 

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tá na hora de dormir


Seu filho não gosta de ir pra cama de jeito nenhum no horário recomendado, estende um pouco a noite assistindo televisão ou brincando com o irmãozinho e ainda chia quando é obrigado a ir dormir. Essas características apresentadas pelas crianças são comuns na infância e perfeitamente evitáveis, desde que pai e mãe conscientizem-se de sua importância na educação do filho e criem hábitos sadios que permitirão uma maior regularidade no sono.
Impor limites à criança no período noturno é uma receita fundamental para que ela durma no horário. Isso significa que diversões costumeiras do seu filho à noite, como internet e videogame, devem ter horários pré-estabelecidos de uso. Atividades intensas nesse período "energizam" a criança, dificultando a chegada do sono.
Essas brincadeiras devem ser substituídas por exercícios leves, que estimulem o sono. Uma recomendação útil é viajar no mundo da imaginação a partir da leitura de historinhas contadas para a criança já deitada na cama. Prefira histórias curtas e de fácil entendimento, além disso, faça carinho e deixe a luz do quarto apagada. Essa rotina diária implicará na absorção por parte da criança de que a noite é hora de tranqüilidade, e, conseqüentemente, o período de descanso.
"A criança geralmente ultrapassa o horário ideal para dormir simplesmente porque os pais não dão limites a ela. Muitos pais têm medo de dizer não ao filho em certas situações, mas existem momentos em que o pai e a mãe precisam se impor. Um "não" às vezes pode ser fundamental na formação da criança", entende a psicóloga clínica e hospitalar Beatriz Camargo de Burgos Meloni, do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos.
A profissional cita um aliado na regularização da rotina de sono da criança: a prática esportiva. Além de ser imprescindível para a formação óssea e motora da criança (sem contar o poder de sociabilização nessa fase de vida), o esporte estimula a chegada do sono mais rapidamente, pois resulta no gasto de energia. Com isso, o corpo necessita de descanso para repor esses nutrientes, sendo fundamental um bom sono para ativá-los.
Hiperatividade - Há casos em que a hiperatividade tem direta influência no momento de dormir. Algumas crianças "elétricas" têm maior dificuldade para pegar no sono, decorrentes do comportamento hiperativo, que está ligado a diversos fatores, como a perda da visão ou audição, incapacidade de processar adequadamente símbolos e idéias, estresse emocional, convulsões ou distúrbios do sono. A hiperatividade também pode estar relacionada com problemas na gravidez, como o uso de álcool e medicamentos. Nesses casos, a criança deve ser tratada por um especialista (pediatra ou psicólogo).
Em outras situações, o excesso de energia pode ser simplesmente conseqüência de um acúmulo de erros cometidos pelos pais, que não controlam o ímpeto da criança, dando toda a liberdade para o filho fazer o que bem entender. "Muitos pais passam o dia inteiro fora de casa e ficam com dó de impor regras quando reencontram o filho. Isso acaba servindo de inspiração para a criança usar e abusar", finaliza Beatriz Meloni.
Por tudo isso, enquanto a luz do dia não aparecer, lugar de criança à noite é na cama. Seja qual for o (a) menino (a), não há nada melhor do que sonhar.
Boa noite e bom sono!
Bruno Thadeu

Veja mais em: Guia do Bebê

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